Temos dois olhos, duas narinas, dois ouvidos, duas mãos... e UMA, apenas UMA ÚNICA BOCA. Já ouvi muitas pessoas falando sobre isso e parei pra pensar sobre o assunto, mas não tanto quanto deveria.
Mas tem dias que esse pensamento vem na minha cabeça. Já me falaram que falo demais... é, eu sei disso. E é complicado explicar o "porquê", já que sou uma pessoa que não gosta de chamar atenção. Mas o fato é que gosto de divertir as pessoas e utilizo a fala, a conversa para isso, então acabo falando um pouco demais. Também falo demais, pois gosto de ajudar as pessoas, explicando sobre as coisas que sei (ou acho que sei) e tentando mostrar soluções e melhores opções sobre as dúvidas das pessoas.
É estranho falar, tentar explicar isso, mas acho que deu pra entender um pouco o que estou querendo dizer.
Bem, o fato é que nem sempre consigo ajudar quando abro a boca. Muitas, mas muitas vezes mesmo, sinto que acabo chateando a pessoa, prejudicando, irritando, atrapalhando e piorando a situação. Então com isso, fico super triste, irritada e com raiva de mim mesma. Isso parece errado, já que a intenção era de ajudar, então o resultado deveria ser: SORRISOS, AGRADECIMENTOS, ALEGRIAS, TRANQUILIDADE.
Fico me questionando: porque não fico calada na minha, porque não paro de tentar ajudar (já que pareço estar atrapalhando mais que ajudando), porque não fico só escutando???? Eu tenho só uma boca, e dois ouvidos e dois olhos. A conta certa seria ouvir e olhar duas vezes mais do que falar.
O silêncio é uma dádiva, uma qualidade, remete a calma, a paciência. É nisso que penso quando reflito sobre o silêncio. Eu gostaria de me manter caladinha, mudinha a maior parte do tempo. Será que eu consigo? Sei não, viu. Mas seria uma boa experiência. Ando pensado muito nisso, realmente.
Ouvir mais, escutar mais, receber mais, aprender mais... SILÊNCIO.
Então encontrei esse texto abaixo e achei bem interessante. Cada um pode tirar suas conclusões, o bom da vida é isso:
Cinco motivos para ficar em silêncio
O conhecimento de si mesmo e do outro surgem com a quietude
Por Ana Maria Madeira Publicado em 29/12/2010Fones de ouvido o dia inteiro, o barulho do trânsito, televisores espalhados nos restaurantes: é fato que vivemos com uma mentalidade predominante de que o silêncio não é bem-vindo. Engatamos um assunto no outro, sem prestar atenção na conversa, sem ouvir, apenas esperando nossa vez de falar, só para que o silêncio não venha.
A maioria das pessoas evita o chamado silêncio constrangedor. "Além disso, os tempos atuais praticamente nos obrigam a fazer tudo ao mesmo tempo, acabamos com o ruído de várias tarefas, sem poder direcionar nossa mente tranquila a uma atividade de cada vez", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre. Realizar as tarefas com mais consciência e concentração é só mais um dos benefícios que a quietude proporciona. Mais do que isso o silêncio também é uma de autoconhecimento. Conheça mais motivos para ficar calado.
1. Há momentos em que só o silêncio comunica
Como bem diz a tradução da música Enjoy the Silence, do grupo inglês Depeche Mode, "emoções são intensas e palavras são banais". Não somos capazes de exprimir todos os nossossentimentos em palavras. Isso ocorre não por não sabermos o que estamos sentindo, mas porque a linguagem não dá conta de exprimir toda a gama de sensações e mistura de pensamentos de algumas situações. Respeite os momentos em que não houver nada para ser dito, mas não se esqueça de compartilhar o silêncio. "É possível estar em silêncio e bem acompanhado, pois o olhar, o toque e os gestos podem dizer muito mais que palavras jogadas ao vento", de acordo com Walter.
2. Conheça melhor o outro
Ao estarmos quietos com o outro, se cria uma superfície de contado com o silêncio inconsciente. "O silêncio interno, ou seja, o estar atento, é fundamental para ouvirmos melhor o outro e também para deixar que o outro fale por si, sem ser conduzido pela interpelação do nosso raciocínio. Este é o verdadeiro ouvir: respeitar o silêncio", diz a psicanalista Karin Szapiro.
3. Conheça melhor a si mesmo
"O silêncio é essencial para a reflexão", diz o terapeuta Walter Alexandre. E só refletindo que podemos compreender situações pelas quais passamos e nossas atitudes diante delas - ou seja, o silêncio pode ser um ótimo terapeuta. Quem não é capaz de refletir, também jamais conseguirá evoluir. Assim, a pessoa vai convivendo com os mesmos erros e perpetuando mágoa atrás de mágoa em sua vida.
"Escolha um lugar em que se sinta a vontade para se desliguar do mundo por alguns instantes. Repense como foi seu dia, desde o momento em que você acordou. Você encontrará mais do que situações em que se sentiu injustiçado ou azarento, pois vai exercitar a capacidade de pensar maneiras mais adequadas de lidar com aquela situação estressante", diz Walter.
4. Valorize os assuntos relevantes
Quando buscamos eliminar o silêncio a todo custo, tendemos a preencher um vazio que habita nossa personalidade. Assim, pode-se perceber um sintoma nítido: fala-se muito sobre coisas fúteis e os assuntos importantes provocam aquele constrangimento e ficam de lado. Quantas vezes você não se deparou com a seguinte situação: em uma roda de conhecidos, quando surge um assunto polêmico e muita gente fica sem graça na hora e até pede para que mudem de assunto? Assim, discussões importantes ficam de lado e problemas ancestrais nunca serão resolvidos - pois o maior segredo para resolver uma situação é falar sobre ela.
Isso vale também para os relacionamentos, é a famosa regra do diálogo, por mais que pareça clichê. "Manter o entusiasmo inicial no relacionamento requer a conversa para que ambos exponham não só suas insatisfações, mas também a admiração pelo parceiro, fundamental em qualquer relação", diz a psicóloga Margareth dos Reis.
5. Combata o estresse
O barulho perturba muito mais do que aquele silêncio inquietante, pois não é natural, mas sim provocado pelos inúmeros aparelhos que o homem criou. "O ruído além de gerar estresse, hipertensão, problemas cardiovasculares e alterações pulmonares, provoca um aumento na secreção de adrenalina, que conduz a uma hiperexcitação capaz de gerar comportamentos estranhos nos indivíduos", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre.
Diante dessa exposição inevitável do dia a dia, o segredo é aprender a relaxar até nos lugares mais inusitados, como no trânsito ou na fila do banco. "Ao relaxarmos a mente, fazemos com que ela fique tranquila mesmo com os ruídos lá fora. Nesse momento do relaxamento, nosso cérebro deixa de dar atenção ao barulho, diminuindo o estresse e ansiedade", diz Walter. Para relaxar, basta sentar ou deitar num lugar calmo e respirar profundamente várias vezes. Nessa hora, é importante dar um comando mental para que todos os problemas da vida fiquem do lado de fora.
Fonte: Minha Vida
Inté... =)
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